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domingo, 9 de janeiro de 2011

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Estudo mapeia 1321 mortes por raios na década




A probabilidade de um homem morrer por um raio é dez vezes maior do que a de uma mulher, e a probabilidade de morrer por um raio quando jovem ou adulto é o dobro da de uma criança ou idoso. Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da década - de 2000 a 2009 - feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

132 pessoas morrem em média por ano no Brasil devido a raios, um número muito superior ao que era registrado até o fim do século passado. A probabilidade de um homem morrer por um raio é dez vezes maior do que a de uma mulher, e a probabilidade de morrer por um raio quando jovem ou adulto é o dobro da de uma criança ou idoso. Estar na zona rural ou na zona urbana também altera as chances de ser ou não atingido por um raio; na zona rural a probabilidade é dez vezes maior. Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da década - de 2000 a 2009 - feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como o Inpe, o Departamento de Informações e Análise Epidemiológica do Ministério da Saúde, a Defesa Civil, veículos de imprensa e ainda dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“132 mortes por raios por ano é um número que está muito acima das expectativas que tínhamos, em torno de 100. O que mais impressiona é que 90% dessas mortes ocorreram em circunstâncias que poderiam ter sido evitadas se as pessoas tivessem mais informações”, comenta o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.

As 1321 pessoas que morreram atingidas por raios nesta última década têm em comum as atividades que praticavam quando foram atingidas pelas descargas atmosféricas. 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou trabalhavam em plantações com enxadas, pás e facões. Empatadas em segundo lugar, as circunstâncias mais comuns foram estar próximo de meios de transportes ou dentro de casa, cada uma correspondendo a 14% do total de casos. A categoria “embaixo de árvore” ficou em terceiro lugar, com 12%, seguida por campo de futebol, com 10%.

O estudo, segundo Pinto Junior, revela uma conclusão interessante: apesar de 85% das mortes terem ocorrido ao ar livre, quando esses dados são divididos em diferentes circunstâncias, a porcentagem de mortes para a categoria “dentro de casa” é muito maior do que o esperado. Esse fato mostra que ficar dentro de casa não é tão seguro quanto se pensava. A maioria das vítimas atingidas por raios dentro de casa estava ao telefone; ou descalça, em casas que possuem chão batido; ou ainda próxima de antenas, lâmpadas, geladeiras, janelas e televisões.

Em relação ao período do ano, 77% das mortes da década ocorreram no verão e na primavera, período do ano em que ocorrem cerca de 80% dos raios no Brasil. Somando os dados de toda a década, é possível perceber um fato curioso: os cinco dias que tiveram mais mortes foram de 16 a 20 de fevereiro, com 47 óbitos no total. Já o recorde de mortes em um único dia ocorreu em 5 de março de 2003, em que foram registrados 5 falecimentos. Às vésperas do feriado de carnaval, vale avaliar se esse é um período crítico para mortes por raios. E a resposta é: sim. Na última década, foram registradas 23 mortes por raios durante os 4 dias de carnaval.

O estudo também avalia as probabilidades de ser atingido e morrer por um raio em cada estado e região do Brasil, considerando a população e a incidência de raios. O Sudeste foi a região onde mais pessoas morreram (29%), mas a região que apresentou a maior probabilidade de morrer por um raio foi o Centro-Oeste (22 em um milhão). O estado de São Paulo teve o maior número de mortes na década, 240 (17% do total). Entretanto, como a população paulista é a maior do Brasil, a probabilidade de ser morrer por um raio nesse estado é de 6 em um milhão. A probabilidade mais alta de morrer por uma descarga atmosférica está nos estados de Tocantins (46 em um milhão) e Mato Grosso do Sul (43 em um milhão).

Já em relação aos municípios que lideraram o ranking de mortes da década, Manaus ficou em primeiro lugar, com 16 mortes; seguido por São Paulo, com 14 mortes; em terceiro lugar ficaram os municípios de Campo Grande e Rio de Janeiro, com 8 mortes cada, e em quarto, Brasília, com 7 mortes.

Fonte: unicamp


Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (para raios) baseado na NBR 5.419


AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE PARA RAIOS

SPDA - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (para raios) baseado na NBR 5.419, norma técnica integrante do elenco utilizado pela legislação estadual para prevenção e proteção contra incêndios.

1. Cálculo levando em consideração:
a) Parâmetros da edificação: comprimento, largura e altura.
b) Cálculo da área expandida de exposição
c) Densidade de descargas para a terra (índice ceráunico), da região onde o imóvel está localizado, em trovoadas por km2 por ano.
d) Frequência média anual previsível de descargas na estrutura
e) Tipo de ocupação da estrutura
f) Tipo de construção da estrutura
g) Conteúdo da estrutura
h) Localização da estrutura
i) Topografia
2. Interpretação do resultado
3. Conclusão do cálculo
4. Termo de opção, caso recaia em escolha entre instalar ou não SPDA na estrutura.
5. ART - Anotação de responsabilidade técnica pelo cálculo.
6. Memória de cálculo.




As descargas atmosféricas e o trovão

Os raios sempre amedrontaram e, ao mesmo tempo, fascinaram os homens, daí a necessidade de tentar compreendê-los. As primeiras explicações para o fenômeno partiam de concepções mitológicas, como a do deus nórdico Tor. Acreditava-se que Tor cruzava os céus numa carruagem puxada por dois bodes, e quando agitava, furioso, o seu martelo, produziam-se raios e trovões.

A palavra "trovão" – Thor-don em norueguês – significa originalmente "o rugido de Tor". Já na mitologia greco-romana, o deus dos raios e trovões é Zeus. Em várias estátuas, ele é representado brandindo o raio com que trovejava.

Ainda hoje, apesar de todos os avanços da ciência, em vários aspectos, o conhecimento sobre as descargas atmosféricas é limitado". Atualmente, dominamos técnicas avançadas de proteção e análise dos efeitos dos raios, mas sabemos pouco sobre diversos aspectos físicos envolvidos no fenômeno, como é o caso das descargas que partem da nuvem para a estratosfera, por exemplo.

Na formação do raio é estabelecido um canal condutor entre nuvem e solo, que ocasiona o fluxo de corrente intensa. Isso gera o aquecimento do canal, causando efeito luminoso intenso, o relâmpago, e deslocamento do ar com forte efeito sonoro, o trovão. Como a velocidade da luz (300 milhões de m/s) é muito maior que a do som (300m/s), percebemos o relâmpago segundos antes do trovão.
Existem quatro variedades básicas de descargas atmosféricas, classificadas de acordo com os elementos conectados. São elas:

1 – intranuvem (quando a corrente de descarga ocorre dentro da própria nuvem)

2 – entre nuvens (quando a corrente de descarga ocorre de uma nuvem para outra)

3 – nuvem-estratosfera (quando a corrente de descarga ocorre da nuvem para a estratosfera)

4 – nuvem-solo (quando a corrente de descarga ocorre entre nuvem e solo. Representa 20% do total das descargas atmosféricas)
Nesse último caso, existem ainda duas outras variações: quanto à polaridade (negativa ou positiva) e quanto à direção de propagação do canal (ascendente ou descendente).

As descargas atmosféricas positivas são pouco freqüentes, mas são também mais intensas, mais demoradas e seus efeitos muito mais devastadores. Na descarga descendente, o canal, na maior parte do percurso, segue em direção ao solo, e na ascendente, sobe em direção à nuvem. Por isso, não é correta a idéia de que o raio ‘cai’. Na verdade, o canal se propaga tanto de baixo para cima quanto de cima para baixo. Aproximadamente 90% das descargas são negativas e descendentes. (da nuvem para o solo)

(Raio, relâmpago e trovoada: O raio é uma gigantesca faísca elétrica, dissipada rapidamente sobre a Terra, causando efeitos danosos. Relâmpago é o ruído (estrondo) produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio. Fonte: Descargas Atmosféricas, autor Geraldo Kindermann, 1992.)

Práticas de prevenção

Os antigos romanos, observando a freqüência e condições de incidência dos raios, já utilizavam práticas de prevenção eficientes. Em dias de tempestade, os guerreiros evitavam manter as lanças apontadas para o céu durante as marchas. Eles estavam certos. Os raios são sempre atraídos pelo ponto de destaque, ou seja, o mais alto, que, muitas vezes, pode ser uma pessoa, daí a importância em saber as normas de prevenção.

Inúmeras crendices sobre os raios foram difundidas ao longo da história. Muita gente acredita, por exemplo, que dois raios nunca atingem o mesmo lugar. Não é verdade. "Nesse caso, o para-raio não serviria para nada".
Apesar de todos os esforços, não se consegue evitar que um raio caia sobre determinado prédio. No entanto, todos os cuidados são no sentido de discipliná-lo na sua queda, obrigando-o a seguir um caminho pré-determinado para a terra, ou seja, o para-raio e seus componentes.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SEGURANÇA OPERACIONAL COM GUINDASTES E GRUAS



REGRAS PARA OPERADORES DE GUINDASTES

1. Somente operadores treinados e qualificados devem dirigir guindastes.

2. Nunca puxe, arraste ou levante qualquer carga colocada lateralmente em relação à lança.

3. Não ultrapasse a capacidade nominal da maquina.

4. Não abasteça a máquina com o motor em funcionamento. Incêndios e explosões podem ocorrer da não observância destas simples regras.

5. Informe imediatamente ao seu superior qualquer falha ou dano com o guindaste. Aguarde o conserto dos defeitos, antes de continuar o trabalho.

6. Não desça rampas de frente com o guindaste carregado. 0 balanço da carga poder tombar a máquina. Mantenha sempre a carga voltada para o alto da rampa e o mais próximo possível do avental de carga.

7. Não opere o guindaste com cargas que possam tirar suficiente peso das rodas traseiras, a ponto de acarretar a elevação das rodas ou ineficiência da direção.

8. Evite elevações, buracos, manchas de óleo ou materiais soltos que possam prejudicar a estabilidade do guindaste.

9. Faça curvas lentamente e dirija com cuidado, principalmente nas esquinas, fazendo sempre uso da buzina.

10. Não faça curvas em rampas Estará colocando em risco a carga, a máquina e, principalmente, você.

11. Evite partidas ou freadas bruscas. E lembre-se: marcas de pneus no piso são sinais de uma má operação.

12. Preste atenção especial aos movimentos da lança, da carga e da parte traseira da máquina.

13. Não elevar, abaixar ou transportar cargas quando houver pessoas por perto. Nunca transporte carga sobre pessoas.

14. Quando transportar uma carga, mantenha-a o mais baixo possível. Evite possíveis oscilações.

15. Sempre que estiver dirigindo sem carga, prenda o gancho, para que ele não possa se mover livremente.

16. Ao deixar o guindaste, desligue o motor, engate uma marcha, abaixe completamen-te a carga e acione o freio de mão. Calce as rodas quando estacionar numa rampa e sempre que estiver fazendo um reparo.

17. Dirija com cuidado, observe as regras de trânsito e mantenha sempre o controle do guindaste.

ACIDENTE COM GUINDASTE NA VALE

E mais uma vez a Grande Vitória voltou a ser castigada por um forte temporal na noite de quinta-feira (18/11/2010). Diversos bairros ficaram debaixo d'água, acidentes foram registrados nas principais avenidas de Vitória e Vila Velha e até chuva de granizo chegou a ser registrada no bairro Vale Encantado. As cenas eram impressionantes, ruas alagadas, veículos parados, árvores caídas e casas destelhadas. A forte chuva que atingiu a Grande Vitória na noite desta quinta causou prejuízo para muitas pessoas.

Porto de Praia Mole

A ocorrência mais grave foi registrada no Porto da Vale, em Praia Mole. Devido aos fortes ventos do temporal, dois navios descarregadores cederam e dois guindastes tombaram no píer de carvão do terminal portuário da Serra. A Vale informa que não houve vítimas. Cada guindaste custa R$ 7 milhões.




ASSISTA AOS VIDEOS DE DOIS ACIDENTES COM GRUAS:







CONCLUSÃO

Um estudo recente realizado por Don Dickie, uma autoridade reconhecida com guindaste de construção pela Associação de Segurança de Ontário (baseado no estudo OSHA), indica que, apesar de falhas mecânicas representam apenas 11% das causas de acidentes com guindaste, que geralmente resultam em acidentes graves que envolvam ferimentos, mortes, substancial custos de material e, normalmente, a cobertura da mídia espetacular. Estudos e análises de acidentes com guindastes envolvendo falha mecânica mostram que eles são frequentemente devido à falta de medidas preventivas manutenção ou formação adequada e / ou experiência por parte do pessoal envolvido. É importante que não só operadores de guindaste mas também o pessoal que trabalha com guindastes deve receber formação para operações de guindaste. Os Guindastes e equipamentos associados do aparelho deve ser inspecionado regularmente para identificar as condições existentes ou potencialmente perigosas. Além disso, a manutenção preventiva deve ser realizada conforme exigido pelo fabricante da grua ou guindaste e / ou fornecedor, a fim de operar gruas e guindastes com segurança.