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quarta-feira, 13 de abril de 2011

MORTES EM OBRAS DO PAC




PORTO VELHO (RO), FORTALEZA e RIO - Trabalhadores estão morrendo nos canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estrela do governo federal. Num levantamento inédito feito pelo GLOBO em 21 grandes empreendimentos, que somam R$ 105,6 bilhões de investimentos, foram registradas 40 mortes de operários em acidentes, desde 2008. Só nas usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, houve seis mortes.
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Tanto em complexas obras de infraestrutura, como hidrelétricas, como nas mais simples, incluindo as do programa Minha Casa, Minha Vida, a morte está presente. Os acidentes fatais são causados principalmente por choques, soterramento e quedas. São mortes "invisíveis", que não estão nos bancos de dados dos diversos controles governamentais criados para acompanhar o PAC, que, até o início de 2010, era coordenado pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Somente em 2010, a taxa de mortalidade foi de 19,79 para cada cem mil empregados. Índice considerado altíssimo pelo médico Zuher Handar, consultor para segurança e saúde da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil. A taxa é mais que o dobro da registrada para o conjunto dos empregados do setor formal da economia - 9,49 por cem mil.
Os empregados da construção civil brasileira são os que mais morrem. A taxa de mortalidade está em 23,8 por cem mil trabalhadores, um pouco acima da encontrada em obras do PAC - considerada muito alta, já que são tocadas por grandes construtoras, com tecnologia suficiente para proteger os operários, dizem especialistas. Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade na construção civil é de 10 por cem mil; na Espanha, de 10,6; no Canadá, de 8,7; em Portugal, de 18.
- Nessas grandes obras de infraestrutura, independentemente de serem do PAC ou não, o governo precisa estar mais atento, não contratando empresas que deixem de ter mecanismos de prevenção - disse Handar.
- O alto número de mortes é verdadeiro. Estamos intensificando os trabalhos e a atenção. Isso nos preocupa e buscamos as razões para esse quadro. As obras estão em um ritmo muito acelerado e as companhias não vêm treinando (pessoal), porque não há tempo para isso - afirmou Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), acrescentando que, com a carência de mão de obra, empresas têm buscado pessoas sem qualificação para trabalhar nos canteiros.
Segundo ele, o ideal é que os trabalhadores tenham de 80 a cem horas de aulas teóricas. Depois, entre cem e 120 horas práticas, nos canteiros. Só após essas duas fases, continua Safady, é que se deve entrar na obra:
- Sem isso, cometem-se erros. O problema é generalizado. Há uma carência para todos os níveis de obras, e em todos os lugares do Brasil.

Fonte: O globo


Recentemente temos visto obras do governo em quase todos os lugares, não podemos mentir, ou ser hipócritas, a verdade é que o Brasil precisa de obras, o Brasil precisa crescer, mas não podemos crescer por cima do sangue de trabalhadores brasileiros, precisamos melhorar as condições de trabalho dos operários. Precisamos enquadrar as condições de saúde e segurança do trabalho em conformidade com a norma regulamentadora 18 do MTE e para isso precisamos investir em profissionais especializados em Segurança do Trabalho como Tecnólogos e Técnicos em Segurança do Trabalho. Eu participo constantemente de treinamento com ex-trabalhadores que trabalhavam nas obras do PAC no RJ e eles me contam cada coisa absurda que acontece e já aconteceu nessas obras. Precisamos de uma integração leal entre os Sindicatos dos trabalhadores da construção civil e os Sindicatos dos Tecnólogos, Engenheiros e Técnicos em Segurança do Trabalho para reduzir estes acidentes e acelerar o crescimento do Brasil com segurança.

terça-feira, 12 de abril de 2011

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