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domingo, 22 de agosto de 2010

UMA CIDADE DESTRUÍDA POR UM INCÊNDIO

O incêndio de grandes proporções, que destruiu pelo menos 100 casas e 15 serrarias em Marcelândia, município 710 quilômetros ao norte de Cuiabá (MT), foi controlado pela manhã pelo Corpo de Bombeiros, com a ajuda de dois aviões enviados pelo governo estadual. O incêndio começou ontem, por volta do meio-dia, em um lixão onde são depositados resíduos de madeira, e se alastrou pelas áreas rurais até chegar à cidade. As casas destruídas pelo incêndio são de funcionários das serrarias e marcenarias, que formam a base da economia do município. As empresas perderam máquinas, veículos e estoques de madeira, que foram consumidos pelo fogo. Os moradores que perderam suas casas passaram a noite no salão paroquial da Igreja Católica e em escolas. Cerca de 330 pessoas foram encaminhadas ao hospital municipal com dificuldades respiratórias e liberadas após atendimento. Não há registros de pessoas feridas com gravidade. Segundo informações da prefeitura, pelo menos 80% da área industrial de Marcelândia, composta principalmente por serrarias e marcenarias, foi atingida pelo incêndio. A prefeitura distribuiu máscaras para evitar que a população desenvolva doenças respiratórias. Os serviços funcionam normalmente como energia elétrica e telefonia. No ano passado, Marcelândia teve índice de 80% de redução nos focos de incêndios, o que lhe rendeu o Prêmio Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente.


RISCOS DE INCÊNDIO

FALTA DE CHUVA AUMENTA RISCO DE INCÊNDIO NAS ÁREAS VERDES DE SÃO PAULO

Em todo o ano passado, foram registrados 14.930 incêndios do tipo. Até 1º de julho de 2010, bombeiros registraram 12.794 queimadas. A falta de chuva aumenta o risco de incêndio nas áreas verdes da região metropolitana de São Paulo. Já faz 12 dias que não chove na capital paulista. Quem está sofrendo com o tempo seco vai ter que aguentar mais alguns dias. Só na sexta-feira (10) a situação pode mudar. Enquanto isso, incêndios em áreas de vegetação devem se repetir. A falta de umidade facilita a propagação do fogo na mata. Segundo o Corpo de Bombeiros, no ano passado inteiro foram registrados 14.930 incêndios desse tipo. E neste ano, só até 1º de julho, já foram 12.794 ocorrências. O tempo deve continuar seco nos próximos dias. A terça-feira começa com nevoeiro e mínima de 14ºC. Mas depois a temperatura pode chegar aos 25ºC, três graus a mais que o normal para esta época.

ANÁLISE DE RISCO DE INCÊNDIO EM CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS -
A METODOLOGIA APLICADA À CIDADE DE OURO PRETO


O artigo aborda as questões de preservação e conservação de cidades históricas tombadas sob a ótica da proteção contra incêndio. A análise de Risco Global de Incêndio baseada no Método de Gretener, cuja adaptação para cidades históricas foi realizada por Antônio Maria Claret de Gouvêia, foi aplicada na primeira etapa do diagnóstico de Risco de Incêndio para a cidade de Ouro Preto, onde o levantamento concentrou-se na rua São José, com edificações em sua maioria de uso comercial. A segunda etapa, agora realizada, concentrou-se no bairro Antônio Dias, tipicamente residencial, completando-se assim o diagnóstico de Risco de Incêndio para a cidade de Ouro Preto, sendo composto tanto pelos fatores de risco das edificações como pelas medidas de segurança que existem e as que são propostas a fim de se reduzir o Risco Global de Incêndio.
A prevenção aos riscos, observando as condições ambientais, mensurando as tendências, os impactos e os riscos às estruturas físicas dos centros históricos, constitui uma abordagem atual de conservação. As intervenções ou ocorrências imprevistas e naturais, como incêndios e inundações, devem ser relacionadas com os recursos humanos, financeiros e tecnológicos e ações corretivas devem ser propostas.
Quando ocorre um incêndio, bens são danificados ou destruídos, e, muitas vezes, contando com informações sobre o que se perdeu, a reconstrução do bem até se torna possível, do ponto de vista material, mas o valor da autenticidade já não existe e muito de sua história foi consumida pelas chamas. Há muitos exemplos que chegam quase a compor uma marca na História: o incêndio de Lisboa, no século XVIII, o incêndio provocado no Morro da Queimada, em 1722, em Ouro Preto, a Igreja Queimada em Antônio Pereira, distrito que, no século XIX, teve o seu rico acervo em prata saqueado e a igreja incendiada, o Fórum de Ouro Preto, na década de 1950, o bairro do Chiado, em Lisboa, em 1988, a Igreja do Carmo de Mariana, em 1999, e a edificação que abrigava
o Hotel Pilão, em 2003, em Ouro Preto, cuja temperatura das chamas deixou comprometida a estrutura de vários outros casarões vizinhos. Após a ocorrência deste último incêndio, em abril de 2003, houve uma mobilização por parte de governantes,
acadêmicos, órgãos do patrimônio e população em geral para que fosse implantado um estudo do risco de incêndio na cidade de Ouro Preto, e, dentre outras coisas, aplicar medidas capazes de diminuí-lo. Por isto, foi desenvolvido um programa de segurança contra incêndio, que conta com a participação da Universidade Federal de Ouro Preto, sob coordenação do Profº Antônio Maria Claret de Gouvêia. Para se avaliar o risco de incêndio a que está exposta uma edificação ou um conjunto de edificações, foi realizada a análise global de risco, adaptando-se o Método de Gretener (norma técnica SIA-81- Societé Suisse des Ingenieurs et Architectes – Method for fire safety evaluation) para edificações características do barroco brasileiro. O Diagnóstico de Risco Global de Incêndio tem o objetivo de avaliar os fatores de risco e as medidas de segurança existentes, bem como o de propor medidas cabíveis ao contexto das edificações. A Etapa I foi realizada na rua São José, compreendendo o levantamento de edificações onde o uso é predominantemente comercial e a Etapa II, realizada no bairro Antônio Dias, compreende o estudo de edificações de uso residencial em sua maior parte, produzindo-se assim um amplo conjunto de dados para o desenvolvimento e a
implantação de medidas que visem minimizar o risco de incêndio em Ouro Preto.

sábado, 5 de junho de 2010

LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS - NR 20, ABNT NB 98, NBR 7505



DEFINIÇÕES
- Líquido combustível: qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou superior a 70°C e inferior a 93,3°C. Os líquidos combustíveis serão chamados de Classe III.
Obs.: apesar do registro do limite de 93,3°C, isto não significa que líquidos com pontos de fulgor superiores sejam não combustíveis.
- Líquido inflamável: qualquer líquido que tenha ponto de fulgor inferior a 70°C e tensão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm² (40 lb/pol²), absoluta a 37,7°C (100°F)
Os líquidos inflamáveis dividem-se em 2 classes:
Na Classe I estão incluídos os líquidos inflamáveis com ponto de fulgor inferior a 37,7°C (100°F) e são subdivididos como segue:
􀂃 Classe I-A – inclui os que têm ponto de fulgor abaixo de 22,7°C (73°F) e ponto de
ebulição abaixo de 37,7°C
􀂃 Classe I-B – inclui os que têm ponto de fulgor abaixo de 22,7°C e ponto de ebulição
igual ou superior a 37,7°C
􀂃 Classe I-C – inclui os que têm ponto de fulgor igual ou superior a 22,7°C e inferior a
37,7°C.
Na Classe II estão incluídos os líquidos inflamáveis com ponto de fulgor igual ou superior a 37,7°C e inferior a 70°C.
Obs.: os líquidos das Classes II e III, quando aquecidos acima do seu ponto de fulgor, devem ser consideradas como líquidos da Classe I e II respectivamente. Os líquidos de ponto de fulgor acima de 93,3°C, desde que sejam aquecidos acima do seu ponto de fulgor, devem ser considerados líquidos da Classe III.
- Ponto de fulgor de um líquido é a menor temperatura na qual o mesmo libera uma
quantidade de vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar, perto da
superfície ou dentro do recipiente usado no teste.
Existem outras propriedades que contribuem para o risco dos líquidos inflamáveis, embora o ponto de fulgor seja o principal fator. O risco relativo aumenta à medida que baixa o pontode fulgor. A importância desta propriedade é mais aparente quando se comparam líquidos de distintos pontos de fulgor.
A temperaturas comuns (abaixo de 38°C) o querosene e o petróleo combustível não emitem quantidades perigosas de vapores, enquanto a gasolina já emite vapores em quantidades suficientes para formar uma mistura inflamável a temperatura ambiente de aproximadamente–10°C (-50°F).
Quando aquecido ao seu ponto de fulgor (ou acima deste), qualquer líquido combustível
produzirá vapores inflamáveis.
Os petróleos combustíveis pesados, quando aquecidos acima de 100°C podem produzir, por exemplo, vapores inflamáveis, tão facilmente como a gasolina. Suas características também mudam quando são atomizados. Tais líquidos quando aquecidos ou atomizados, poderão ser
considerados como líquidos inflamáveis.

- Temperatura de auto-ignição: esta é a menor temperatura na qual um gás inflamável ou uma mistura de vapor e ar se acende devido à sua fonte de calor, ou ao colocar-se em
contato com uma superfície quente, sem a necessidade de que haja uma fagulha ou chama.
Os vapores e os gases se inflamam a temperaturas mais baixas quando na presença de
maiores concentrações de oxigênio. A presença de substâncias catalíticas pode ter influência sobre a temperatura de auto-ignição.
- Limite de explosividade ou inflamabilidade: os líquidos inflamáveis têm uma
concentração mínima de vapor no ar, abaixo da qual não se dá a propagação da chama em contato com uma fonte de ignição. Isto se conhece como “Limite inferior de explosividade” (LIE). Existe também uma concentração máxima vapor ou gás no ar, acima da qual não ocorre a propagação de uma chama. Isto se conhece como “Limite superior de explosividade” (LSE).
Por exemplo: uma mistura de vapor-ar, na faixa de menos de 1% de vapor de gasolina é
demasiadamente pobre, não produzindo, portanto, a propagação de chama em contato com uma fonte de ignição.
Da mesma maneira, se houver algo mais de 8% de vapor de gasolina, a mistura será
demasiadamente rica. Outros gases, tais como: o hidrogênio, o acetileno e o etileno, tem uma faixa de inflamabilidade muito mais ampla.



- Faixa de explosividade ou inflamabilidade: é o conjunto de concentrações entre os limites inferiores e superiores de explosividade, expressos em porcentagens de vapor ou gás, por volume de ar.
Por exemplo: a faixa de explosividade da gasolina, entre os seus limites de explosividade dos vapores, geralmente é de 1,4 e 7,6%. Estes limites estão relativamente próximos um do outro. Sendo assim uma mistura de 1,4% de vapor de gasolina e de 98,6% de ar, é inflamável, como também o será qualquer mistura intermediária que chegue a 7,6% (incluindo este valor) e cerca de 92,4% de ar.
- Propagação de chama: é a difusão por todo o volume da mistura vapor-ar, a partir de uma fonte de ignição única. Uma mistura de vapor-ar, que esteja abaixo do limite inferior de explosividade, pode inflamar-se no ponto de ignição, sem propagar-se.
Ritmo de difusão: este indica a tendência de um gás ou vapor, se dispersar ou se misturar com outro gás ou vapor. Este ritmo depende da densidade do vapor ou gás, com relação à do ar que tem um valor de 1.
O fato de um vapor ou gás ser mais leve ou mais pesado que o ar irá decisivamente
determinar o projeto do sistema de ventilação.
Se o vapor ou gás é mais pesado que o ar, o conduto de aspiração deverá estar situado
ligeiramente acima do nível do piso. Inversamente, se o vapor ou gás é mais leve que o ar, o conduto de aspiração deverá estar localizado imediatamente abaixo do teto ou forro.
- Insuficiência de oxigênio: indica uma atmosfera que tem uma porcentagem de oxigênio inferior ao normal. O ar atmosférico contém aproximadamente 21% de oxigênio ao nível do mar.
Quando a concentração de oxigênio é de aproximadamente 16%, muitos indivíduos sentem náuseas, zumbidos nos ouvidos e uma aceleração dos batimentos cardíacos.
Antes de permitir a entrada de um trabalhador em um tanque, ou a outro espaço confinado, além das provas para se estabelecer a presença de substâncias tóxicas, deverá ser determinado o conteúdo de oxigênio nessa atmosfera, trabalho este que deverá ser executado por técnicos especialmente treinados para isso. Ninguém deverá estar em um tanque ou em outro recinto fechado, sem equipamento de respiração autônomo, se as medições tenham demonstrado que há menos de 16% de oxigênio.
Os equipamentos de proteção respiratória aprovados, do tipo autônomo com ar comprimido,têm demonstrado se aceitáveis para atmosferas onde haja insuficiência de oxigênio. São especialmente úteis para serem usados em lugares onde é difícil estender uma mangueira de ar.
Os produtos líquidos e fluidos e que contém líquidos inflamáveis, tais como as pinturas,ceras para pisos, soluções diversas, secantes, vernizes e outros, devem ser considerados como líquidos inflamáveis e classificados de acordo com o ponto de fulgor da mistura.
As precauções vinculadas com o manejo e uso, diferem de acordo com o ponto de fulgor, volatilidade e a quantidade de líquido inflamável que existe na mistura.
CARGA E DESCARGA DE CAMINHÕES TANQUE
Os caminhões, os reboques e semi-reboques que são utilizados para transportar líquidos
inflamáveis, deverão ser construídos e operados de acordo com as normas nacionais vigentes.
Inspeção
Os caminhões deverão ser mantidos em bom estado de conservação e ser inspecionados
diariamente, dando-se atenção especial à limpeza do motor, ao estado das luzes, freios,
buzina, espelhos retrovisores, ligações para aterramento, pneus, sistema de direção e ao
tanque que transporte a carga, que deve estar sem ferrugem e devidamente sinalizado.
Proibição de fumar
Os motoristas não deverão fumar, nem tampouco seus ajudantes, enquanto estiverem
dirigindo, descarregando, carregando ou efetuando reparos.
Os motoristas deverão estar alertas para não chegarem perto de qualquer fonte de ignição durante as operações acima descritas e tampouco deverão permitir que outras pessoas fumem próximas ao veículo.
Todo veículo deverá ter, pelo menos um extintor cuja capacidade seja suficiente para se
controlar uma emergência. Como precaução, o uso de dois extintores dará maior segurança.

Estacionamento do caminhão
Antes de retirar a tampa da cúpula ou efetuar as conexões para a descarga, ou carga, o
veículo deverá estar devidamente freado, o motor deverá ser desligado, as luzes deverão ser apagadas, os cabos para igualar os potenciais do tanque do caminhão e do tanque de
armazenagem deverão ser colocados, e por fim, dever-se-á fazer o aterramento.
Conexões de carga e descarga
Caso o caminhão tenha uma bomba que é acionada pelo mesmo motor que o impulsiona, este deverá ser desligado antes de conectar ou desconectar as linhas de carga. O motorista deverá ficar o tempo todo junto aos controles do caminhão. Caso tenha que se afastar por alguns instantes, a descarga do produto inflamável deverá ser suspensa, e deverão ser retiradas as mangueiras.
Caso uma linha de descarga tenha que atravessar uma área de trabalho, deve-se colocar
avisos de precaução.
As pessoas que estão empregadas na distribuição do líquido deverão certificar-se de que o estão fazendo de forma correta e de que o tanque para a qual está sendo mandado o líquido já tenha contido previamente o mesmo líquido.
Para assegurar-se da eliminação de líquidos residuais, evitando-se a combinação de um
líquido de baixo ponto de fulgor com um líquido de alto ponto, os técnicos encarregados da operação deverão esvaziar os tanques totalmente e lavá-los com o mesmo produto que deverá ser armazenado.
Para essa operação tem-se que ter a certeza de que o tanque está devidamente ventilado e que há espaço suficiente para conter a quantidade de líquido que se pretende carregar.

Perdas
Perdas por vazamento ou por transbordamento deverão ser evitadas.
Quando qualquer uma dessas situações se apresentar, a carga deverá ser suspensa
imediatamente, as válvulas deverão ser fechadas e o líquido derramado deverá ser retirado do local ou coberto (no caso de ser sobre a terra) com areia ou terra, para depois se prosseguir com a operação.
Deve dar-se um tempo suficiente para a dissipação dos vapores, antes de se colocar o motor em funcionamento.
O motorista deverá fazer todo o possível para estacionar um caminhão quebrado, ou que
esteja vazando sua carga, de forma que não venha apresentar perigo para o trânsito ou para a localidade. Nesses casos, devem ser colocadas placas pedindo que as pessoas não se aproximem, a polícia deverá ser avisada e também o corpo de bombeiros.
O caminhão deverá ser estacionado longe da estrada, se possível em um terreno baldio, ou, pelo menos, longe de edificações e de lugares onde haja concentração de gente. O
caminhão não deverá ser abandonado.
Os motoristas deverão ser devidamente treinados pelas empresas transportadoras para que saibam as características do produto que estão transportando, e como agir nos possíveis casos de emergência. Deverão ter também uma orientação que diga a respeito ao itinerário que deverão fazer, haja visto as grandes concentrações populacionais, por onde, em princípio, não deve transitar um caminhão tanque que transporte líquidos inflamáveis.
O líquido que se derrama, se possível, deverá ser recolhido em recipientes, numa depressão do terreno ou em um poço. Em caso de derramamentos grandes, principalmente em zonas urbanas, antes de se colocar vidas em risco, o melhor método consiste em usar bombas manuais portáteis para o recolhimento em tambores ou em outro caminhão tanque.
Incêndios
No caso de incendiar-se um caminhão tanque, durante uma operação de carga ou descarga, se possível, deverá ser cortado o fluxo de combustível que vai para o veículo ou que vem deste. Se o caminhão estiver carregado, o tubo não deverá ser retirado do caminhão e se possível, deve-se cobrir a abertura de enchimento com uma manta úmida.
O fogo deverá ser atacado com extintores de gás carbônico, de espuma ou pó químico seco,ou ainda água nebulizada.
Se houver um fluxo de água suficiente, o líquido incendiado poderá ser levado a um lugar seguro, mas nunca para dentro de uma rede pública de esgotos.
Quando há o escape de vapores incendiados, devido a perdas ou pelos orifícios de
ventilação, será melhor permitir que se queimem até que se possa controlar a origem do
escape do líquido ou vapor.
Em qualquer incêndio, deve-se informar rapidamente ao corpo de bombeiros local.
O motorista, bem como o ajudante, se houver, deverão estar devidamente preparados para atuarem em uma emergência. Para tanto, é necessário que se familiarizem com as
características do produto, e com as providências a serem tomadas em caso de incêndio.













ARMAZENAMENTO
Os líquidos inflamáveis devem ser armazenados de acordo com a NB.98.
Só citaremos a seguir os aspectos que julgamos mais importantes.
Os líquidos inflamáveis deverão ser armazenados de acordo com o seu grau de periculosidade, e sob certos cuidados que o seu comportamento exige.
Os líquidos de classe I e II não deverão ser guardados ou armazenados em edifícios onde haja grande acúmulo de pessoas, tais como: escolas, igrejas, teatros, a não ser que sejam colocados em recipientes adequados de segurança , em uma sala ou em um armário destinado a esse fim.
Mesmo o armazenamento em local apropriado, tal galpão ou sala, não deverá comunicar-se com locais onde haja acúmulo de pessoas.
Os edifícios onde são armazenados os líquidos inflamáveis, não deverão ter suas vias de acesso e de saída voltadas para corredores onde normalmente transitam pessoas. Tampouco deverão ser armazenados próximos a estufas, fornos ou canos de calefação, ou ainda expostos aos raios de sol ou qualquer fonte de ignição.
Não deverá ser permitido o armazenamento de líquidos inflamáveis em recipientes abertos. Os recipientes adequados para o armazenamento de tais produtos deverão estar sempre fechados, quando cheios ou quando vazios.
Quando os recipientes de líquidos inflamáveis estiverem vazios e isentos de vapores, deverão ser retirados os seus rótulos preventivos.
Os líquidos a granel da classe I deverão ser armazenados em tanques subterrâneos e fora dos edifícios.
A saída de um tanque não deverá dar dentro de um edifício, a menos que termine em uma sala especialmente desenhada para esse fim.
A norma n° 30 da NFPA, denominada “Flammable & Combustible Liquides Code” ou a NB.98, dão especificações que limitam a quantidade de cada classe de líquido inflamável que pode ser armazenada em distintos lugares e em dependências industriais, juntamente com dados que descrevem as condições e os procedimentos necessários relacionados com estes armazenamentos.
Os veículos utilizados dentro de uma empresa para transportar líquidos inflamáveis, em
recipientes fechados, deverão ser especialmente desenhados para que não ocorram danos aos recipientes.
Poder-se-á utilizar engradados especiais que acondicionem os vasilhames, sem lhes
comprometer a resistência.
As pessoas encarregadas de procederem ao enchimento dos recipientes, deverão estar cientes da necessidade de se deixar acima da superfície do líquido, suficiente espaço, para que o vapor formado possa se expandir devido às mudanças da temperatura, sem aumentar a pressão interna do recipiente além de suas especificações. A gasolina se expande, por exemplo, numa proporção de 1% para cada 8°C de aumento de temperatura. Para a gasolina se recomenda deixar um espaço para o vapor, equivalente a 2% da capacidade do tanque ou do recipiente, deixando-se a propósito, marcas que indiquem o nível máximo.









CONSTRUÇÃO DE TANQUES
Os tanques para inflamáveis, assim como o local de instalação, devem atender a NB.98, NR.20 e as normas do Corpo de Bombeiros local. Só apresentaremos a seguir, aspectos relativos a respiradores e construção de diques.
Respiradores
Os tanques de armazenamento deverão possuir respiradores do tipo e tamanho determinado pela norma NB.98.
Os respiradores dos tanques subterrâneos, que armazenam líquidos combustíveis da classe I, deverão terminar fora de edifícios, a uma altura maior que aquela do tubo de
carregamento do tanque, não devendo ultrapassar a 3,65m acima do nível do solo adjacente.
Deverão ser localizados de tal maneira que os vapores não entrem pelas aberturas dos
edifícios, nem fiquem concentrados em depressões do terreno. Os produtos de ventilação dos tanques subterrâneos que armazenem líquidos combustíveis, deverão terminar fora dos edifícios, e serem mais altos que os dutos de carregamento dos tanques.
A localização de orifícios de ventilação deve ser tal que o escape de vapores se disperse
convenientemente a uma distância segura, estando longe das fontes comuns de ignição.
Caso os orifícios de ventilação estejam localizados em posições onde possam se entupir,
poderão ser envoltos por uma malha de arame relativamente aberta.
A construção de diques
Nos locais de armazenamento a granel onde sempre houver a possibilidade de
consequências graves em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, dever-se-á
construir diques ao redor dos tanques, de preferência um dique ao redor de cada tanque, de forma que cada dique possa conter o líquido derramado por vazamento ou por
transbordamento.
A necessidade de construir diques estará baseada nas condições locais. No caso de haver
algum tanque próximo a um edifício, poder-se-ia construir muros de tal forma que
desviassem qualquer derramamento do produto inflamável para um local seguro, longe do edifício.
Os diques deverão contar com drenagem para as chuvas. Nos grandes depósitos, tais diques deságuam em uma piscina de recuperação, localizada a grande distância dos tanques e dos edifícios, onde o líquido inflamável, em caso de derramamento, pode ser recuperado, separando-se da água, pelo processo de flutuação. Tais locais deverão ser dotados de válvulas de controle as quais deverão se manter fechadas, a menos que se esteja escoando a água do local. Os diques não deverão dirigir os líquidos inflamáveis derramados, a cursos naturais d’água, ou redes de esgoto públicas, ou ainda a lagos artificiais ou naturais de parques.

Editado por: Márcio Rocha

sexta-feira, 4 de junho de 2010

CHORANDO SOBRE O ÓLEO DERRAMADO




Nova tentativa de contenção do vazamento fracassa. Em tom de pessimismo, BP prevê que o desastre dure pelo menos mais dois meses. Os impactos são imensuráveis.
“Estamos preparados para o pior” garante Carol Browner, conselheira para políticas energéticas e mudanças climáticas do governo Obama. Pessimismo prevalece também no tom da declaração de Bob Dudley, diretor geral da British Petroleum (BP), após assumir que a última tentativa de contenção do vazamento de óleo do Golfo do México, usando uma técnica de injeção de lama e lixo sólido chamada Top Kill, fracassou. “Estamos decepcionados. Não fomos capazes de controlar o fluxo do poço”, concluiu Dudley.
Passado mais de um mês desde o desastre, não há cálculos do tamanho do impacto do vazamento nos ecossistemas do Golfo do México. Se tomarmos como exemplo outros derramamentos semelhantes, a dimensão é assustadora. Recente estudo em cima do desastre com a plataforma Exxon Valdez, por exemplo, concluiu que a vida selvagem do Alasca ainda está ingerindo o óleo derramado 20 anos atrás. O que esperar, então, de um vazamento que já passou do dobro do tamanho do Alasca e que promete se estender por meses?
Mikael Freitas, da Campanha de Oceanos do Greenpeace no Brasil, lista algumas preocupações: “O atum azul do Atlântico Norte, em risco eminente de extinção e outras espécies de tubarão também ameaçadas desovam no Golfo do México entre abril e junho. Tartarugas marinhas migram para as águas mais quentes ao sul do Mississipi nesta época do ano. As populações de baleias e golfinhos próximas à área do vazamento sofrem riscos ainda mais diretos, visto que precisam ir até a superfície para respirar, correndo sérios riscos de ingestão do óleo durante sua respiração”.
Além das espécies marinhas, o Pelicano Marrom, ave símbolo da Louisiana e outras aves migratórias têm hábito de se alimentar na região próxima ao derramamento. Sem contar o impacto para a pesca de peixes, camarões. “Fazendas de ostras também estão na mira, visto que as ostras, extremamente sensíveis, são organismos que se alimentam filtrando a água do mar”, complementa Mikael.
Tão logo confirmou a falha na última tentativa, a BP anunciou outra investida de contenção. Uma nova perfuração no poço desviará grande parte do vazamento e diminuirá a pressão, para uma posterior tentativa de contenção total, usando uma nova “rolha”. A previsão, desta vez mais modesta, é de que o processo demore por volta de dois meses. “Parece que as futuras gerações conhecerão o Golfo como o “Mar Negro”. Marco da incompetência de uma empresa pretensiosa, do descaso com as questões ambientais, e de uma sociedade sedenta pelo lucro e pela exploração criminosa dos recursos naturais”, diz Mikael.

Publicado por Manuela Alegria
Em 1 de junho, 2010
Por Redação do Greenpeace

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O MISTÉRIOS DOS TESTES PSICOLÓGICOS

Muitos querem decifrar, outros não compreendem sua importância, mas o fato é que os testes psicológicos estão presentes na vida profissional de todos, causando dúvidas e ansiedade nos candidatos a emprego.

Além de fazer parte do processo seletivo, estes testes também são empregados em diferentes situações, como na obtenção da carteira de habilitação, por exemplo. Por isso, constantemente ouvimos falar sobre o “teste do desenho”, “o teste de personalidade” ou “os testes de inteligência”.



Segundo Patrícia Alves, supervisora do departamento de seleção da Life RH, os testes são variados e podem avaliar diversos aspectos dos profissionais, de acordo com a necessidade da empresa. “Os testes funcionam como um complemento do processo seletivo do candidato. É por meio deles que podemos avaliar traços de personalidade, conduta social, características pessoais, de comportamento, atitude no trabalho e o quanto o profissional está apto para a execução de uma tarefa ou assumir determinado cargo. Normalmente, os testes são aplicados após a primeira entrevista de avaliação”, explica.

“Os motivos para a aplicação dos testes são diversos. Tudo dependerá do que se quer realmente identificar para um cargo, atividade a ser executada ou área profissional. Em casos de cargos operacionais, os testes funcionam também como um método de segurança, e podem mensurar, por exemplo, o nível de atenção de um operador para conduzir uma máquina de risco, de um motorista para dirigir o seu veículo, ou ainda de um segurança em portar uma arma. Além disso, também podem ser utilizados para medir níveis de produtividade, bem como se o profissional possui algum problema de origem neurológica”, completa Patrícia.

Para Marina Tito, psicóloga organizacional, cada teste psicológico tem como foco identificar características especificas, e, por isso, são diferentes. No entanto o objetivo principal acaba sendo sempre o mesmo. “Cada empresa e cada vaga pode ter suas necessidades especiais, mas o objetivo de todos os testes durante a seleção é tentar identificar se existe compatibilidade entre o perfil do candidato e o perfil da vaga. Com certeza a aplicação desses testes é a ferramenta mais rápida e eficaz de identificação dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos candidatos”, complementa.

Existem diversos tipos de testes, que podem ser classificados como: Testes de Avaliação de Traços de Personalidade (QUATI, IFP, Palográfico, HTPF, Rorschach, Bender, PMK, IHS e IAT) e Testes de Atenção, Inteligência e Raciocínio Lógico (D2, G-36, G-38, R1, RLN, HTM, V-47 e TCI). No entanto, nenhum teste por si só dá uma resposta sobre a aprovação ou não de um candidato para a vaga; essa definição só poderá ser fornecida pela empresa, de acordo com a compatibilidade do profissional com a oportunidade em questão. Muitas vezes, o candidato realiza um teste e não é aprovado para determinada vaga, mas seu perfil corresponde ao que a empresa procura para outra ocupação.

“Na maioria dos casos, os testes são utilizados para tirar uma dúvida do que foi analisado até o momento, ou então para decidir entre dois candidatos, qual deles está mais próximo do perfil solicitado para aquela função”, explica Patricia. “No entanto, existem algumas exceções, como nos casos de segurança e riscos no trabalho, onde os resultados dos testes são fundamentais para a contratação ou não de um funcionário”.

Em algumas situações, o teste acaba ajudando o candidato, e destaca características que o profissional não conseguiu demonstrar durante a entrevista, por nervosismo ou timidez. “Ao contrário do que os candidatos pensam e esperam, para resultados de testes psicológicos não há errado ou correto, como os testes comuns para avaliação de conhecimento técnico. Existem apenas resultados que permitem ao consultor que o avalia conhecer um pouco mais do profissional e identificar características pessoais que foram prejudicadas pela tensão de se realizar uma entrevista”, completa Patrícia.

Qual a melhor forma de se preparar?

Como não existe resultado ou fórmula a seguir. A preparação é simples, e não exige muito esforço. Marina acredita que o mais importante é se lembrar que o candidato dificilmente saberá o perfil que a empresa deseja, por isso deve se manter tranquilo e natural. “Minha dica é que o candidato tente manter a calma e tenha em mente que o importante é ser sincero. Não adianta ir para uma entrevista com textos decorados ou mentir sobre certas informações, porque na hora do teste é possível perceber que a realidade é outra. Também é importante lembrar que, quem concorre a uma vaga, dificilmente saberá qual o perfil que a empresa busca; mais uma razão para se apresentar de forma transparente”, afirma.



Para Patrícia, além da preparação mental, também é importante que o profissional tome algumas precauções para não se prejudicar no momento da aplicação dos testes. “A dica principal para realizar um bom teste é ter uma boa noite de sono, informar se faz uso de alguma medicação e alimentar-se bem antes da entrevista, pois alguns processos seletivos são demorados e as necessidades básicas interferem no rendimento intelectual”, finaliza.

Vilões ou mocinhos, não importa como sejam vistos, o fato é que os testes psicológicos quase sempre roubam a cena no roteiro do processo seletivo, tamanha a ansiedade que despertam. Vistos muitas vezes como protagonistas, são, na verdade, eficientes coadjuvantes, instrumentos de apoio, ferramentas de trabalho, parte de um vasto elenco de recursos no cenário da seleção profissional.

Editado por: Maiara Tortorette

QUALIDADE NA SELEÇÃO

O processo de seleção é considerado pelas organizações como um evento empresarial estratégico e vital. O profissional de recursos humanos dá grande contribuição para as organizações quando o assunto é selecionar novos colaboradores. Uma má seleção pode acarretar grandes prejuízos, alta rotatividade, clima organizacional ruim e afetar a saúde da empresa.



Existem falhas clássicas em um processo seletivo, independente do tipo de profissional e área de atuação do selecionado. Não entender o negócio da empresa, não levantar e mensurar as competências dos candidatos, e desconhecer o motivo da vaga são algumas delas. “O sucesso na escolha deve considerar as competências profissionais e pessoais do escolhido de acordo com a demanda da área específica”, indica Luciana Amaro, gerente de RH da BASF. Segundo ela, não há regra fixa e cada caso deverá ser analisado criteriosamente. “O cuidado é fundamental, já que muitas vezes podemos ‘cair na armadilha’ de investirmos muito tempo na avaliação da parte técnica e não o suficiente na comportamental, que são aspectos mais difíceis de serem identificados durante o processo seletivo”, completa.

Os RHs das corporações perceberam que por mais que um profissional seja qualificado tecnicamente, a empresa necessita que ele tenha comportamentos e atitudes adequados a cultura, missão, visão e objetivos da corporação. Cintia Menegazzo, consultora de desenvolvimento organizacional e coach, afirma que a etapa inicial, em que o selecionador não ouve o requisitante da vaga, é o principal erro que existe em um processo seletivo, já que existem muitos profissionais no mercado e o selecionador precisa encontrar o que case com os valores e a estratégia da empresa contratante. “Os processos de seleção sempre são ‘para ontem’, então normalmente recruta-se e seleciona-se mal”, aponta.

Hoje, o profissional de recursos humanos é obrigado a interagir com o solicitante da vaga para entender a complexidade da mesma e ter condições de assessorá-lo corretamente. “No entendimento do solicitante, é entender perfeitamente o que o requisitante da vaga deseja, ou seja, entender o negócio dele e o motivo pelo qual ele quer aquela vaga”, diz Cintia. De acordo com a consultora, a origem de uma seleção ruim está na má formação e prepotência de quem seleciona, de não ter a humildade de entender o negócio. “Acho que a posição do selecionador é muito confortável e pode ocorrer displicência, pois nós quem estamos elegendo”, observa.



A seleção por competências tem a finalidade de compor no quadro de colaboradores, pessoas capazes de desempenhar determinada atividade com eficácia, em qualquer situação. Ela tem como vantagem um processo mais objetivo e sistemático, maior garantia de adequação do profissional à empresa, e assegura uma rotatividade baixa de colaboradores, o que diminui gastos. Muitas das competências buscadas são: influência, desenvolvimento de pessoas, autoconfiança, habilidade para gerenciar mudanças, liderança de pessoas e perseverança. Cintia aponta: “se a seleção não é realizada por competências, ela torna-se subjetiva”.

Competência é o conjunto de características pessoais expressadas mediante o comportamento e conduta que produzem um desempenho em um cargo, em uma organização. “Por este motivo se faz importante esta análise e para que isto ocorra, a equipe de seleção deverá conhecer muito bem as competências da organização e quais são exigidas para o cargo em aberto”, diz Luciana Amaro.

Pode ocorrer também de, em um processo seletivo, o profissional se mostrar a pessoa ideal para a vaga, mas no decorrer do desenvolvimento de suas atividades rotineiras, se revelar um colaborador fora das expectativas da organização. “Já recrutei uma pessoa, por exemplo, que nos testes mostrava ter um excelente equilíbrio emocional (tranquilidade, paciência e tolerância). Ela era do setor industrial, e quando foi submetida a uma cultura empresarial de serviços, cujo ritmo e o contexto são diferentes, a pessoa surtou”, aponta Cintia Menegazzo. Segundo a consultora, em uma avaliação mais técnica e por competências, é mais difícil cometer esse tipo de falha.


Profissionais envolvidos

A maior contribuição que um profissional de recursos humanos pode dar a sua organização é selecionar corretamente um novo colaborador. Do contrário, isto pode acarretar um desgaste e um prejuízo incalculáveis à organização, bem como desperdícios inimagináveis. “A garantia de 100% de acerto em seleção não existe. Para maior garantia no sucesso do admitido, julgo necessário o envolvimento da área requisitante em parceira com RH”, sugere Luciana.

Para posições de liderança, a participação de gerentes ou diretores torna-se imprescindível na fase final do processo seletivo. “Cada envolvido na seleção tem um olhar diferente para o candidato e para as necessidades da empresa e a soma das impressões e percepções, trazem a assertividade na decisão para a aprovação ou não do profissional adequado para o cargo em aberto”, finaliza a gerente de RH da Basf.

Editado por: Caio Lauer

DINÂMICA DE GRUPO: como se destacar em um processo seletivo

Dinâmica de grupo é a etapa do processo seletivo em que se avalia o perfil do profissional por meio de atividades e jogos que simulam situações previamente elaboradas, quer no âmbito pessoal ou profissional. A resposta de cada candidato diante de uma mesma situação é que irá ou não atender as exigências da vaga, de acordo com o perfil e personalidade esperados.

O papel da dinâmica é criar um ambiente que induza o candidato a agir com a maior naturalidade possível, sem aqueles exageros, formalidades e textos prontos, tão comuns nas entrevistas. Como as atividades são realizadas em grupo, a tendência é que as pessoas se revelem com maior facilidade em suas características mais importantes – ou, pelo menos, nas de interesse direto do processo seletivo em que estão participando.


Para Fernanda Antonelli, consultora de RH da CNS calçados, além de acelerar o processo, as dinâmicas são realmente importantes para avaliar algumas habilidades que não são tão explícitas em outras formas de entrevista. “Primeiramente, é preciso entender que a dinâmica de grupo é uma atividade presencial das mais eficazes nos processos seletivos, pois reproduz, por meio de um cenário controlado, processos semelhantes aos existentes nas organizações”, explica. “Muitas empresas utilizam esse processo para analisar comportamentos esperados para determinado cargo. O objetivo é identificar a presença do conjunto de habilidades, conhecimentos e competências que se apresentam de formas diferentes em cada pessoa”.

Não há como se preparar para uma dinâmica de grupo, no entanto, investir no visual e seguir algumas regras de pontualidade, por exemplo, é sempre indicado. A partir daí, tudo varia de acordo com o cargo, a área e o perfil necessário para determinada função. Caso a empresa esteja com o foco em um profissional de vendas, por exemplo, o candidato deve ser mais carismático e comunicativo, no entanto, para o cargo de um gestor, pode preferir alguém mais reservado e com uma imagem que aparente mais seriedade.

“Tudo depende do cargo em questão, pois cada vaga busca determinadas competências”, complementa Fernanda. “Os selecionadores esperam que os candidatos consigam aproveitar todas as oportunidades para demonstrar suas competências, já que após a dinâmica de grupo será necessário selecionar os que estão melhores preparados para a vaga. O candidato deve saber que tudo o que for feito será analisado, portanto deve deixar de lado suas preocupações e bloqueios e se concentrar na vaga que pretende ocupar”.



Participativo ou Observador?

Na dinâmica de grupo, o mais adequado é ser participativo e se envolver nas atividades, pois é preciso aproveitar a chance oferecida para demonstrar o que pensa e como desenvolve seu trabalho. Segundo Fernanda, é necessário que o candidato entenda que ser participativo e passar por cima das opiniões dos outros são características distintas. Saber se comunicar não é se expor falando o tempo todo, mas sim aproveitar os momentos oportunos sendo crítico e agregando idéias.

Apesar de fazer parte de um grupo onde todos são concorrentes, é preciso ter equilíbrio e bom senso para identificar o momento de competir e de trabalhar em equipe. A habilidade ________________________________________

Maiara Tortorette

Dinâmica de grupo é a etapa do processo seletivo em que se avalia o perfil do profissional por meio de atividades e jogos que simulam situações previamente elaboradas, quer no âmbito pessoal ou profissional. A resposta de cada candidato diante de uma mesma situação é que irá ou não atender as exigências da vaga, de acordo com o perfil e personalidade esperados.

O papel da dinâmica é criar um ambiente que induza o candidato a agir com a maior naturalidade possível, sem aqueles exageros, formalidades e textos prontos, tão comuns nas entrevistas. Como as atividades são realizadas em grupo, a tendência é que as pessoas se revelem com maior facilidade em suas características mais importantes – ou, pelo menos, nas de interesse direto do processo seletivo em que estão participando.

Para Fernanda Antonelli, consultora de RH da CNS calçados, além de acelerar o processo, as dinâmicas são realmente importantes para avaliar algumas habilidades que não são tão explícitas em outras formas de entrevista. “Primeiramente, é preciso entender que a dinâmica de grupo é uma atividade presencial das mais eficazes nos processos seletivos, pois reproduz, por meio de um cenário controlado, processos semelhantes aos existentes nas organizações”, explica. “Muitas empresas utilizam esse processo para analisar comportamentos esperados para determinado cargo. O objetivo é identificar a presença do conjunto de habilidades, conhecimentos e competências que se apresentam de formas diferentes em cada pessoa”.

Não há como se preparar para uma dinâmica de grupo, no entanto, investir no visual e seguir algumas regras de pontualidade, por exemplo, é sempre indicado. A partir daí, tudo varia de acordo com o cargo, a área e o perfil necessário para determinada função. Caso a empresa esteja com o foco em um profissional de vendas, por exemplo, o candidato deve ser mais carismático e comunicativo, no entanto, para o cargo de um gestor, pode preferir alguém mais reservado e com uma imagem que aparente mais seriedade.

“Tudo depende do cargo em questão, pois cada vaga busca determinadas competências”, complementa Fernanda. “Os selecionadores esperam que os candidatos consigam aproveitar todas as oportunidades para demonstrar suas competências, já que após a dinâmica de grupo será necessário selecionar os que estão melhores preparados para a vaga. O candidato deve saber que tudo o que for feito será analisado, portanto deve deixar de lado suas preocupações e bloqueios e se concentrar na vaga que pretende ocupar”.

Participativo ou Observador?

Na dinâmica de grupo, o mais adequado é ser participativo e se envolver nas atividades, pois é preciso aproveitar a chance oferecida para demonstrar o que pensa e como desenvolve seu trabalho. Segundo Fernanda, é necessário que o candidato entenda que ser participativo e passar por cima das opiniões dos outros são características distintas. Saber se comunicar não é se expor falando o tempo todo, mas sim aproveitar os momentos oportunos sendo crítico e agregando idéias.

Apesar de fazer parte de um grupo onde todos são concorrentes, é preciso ter equilíbrio e bom senso para identificar o momento de competir e de trabalhar em equipe. A habilidade de comportamento em grupo também pode ser avaliada, e nesse caso, se o candidato não dá oportunidade para os demais e se preocupa apenas em se sobressair, poderá ser visto de forma negativa. “Muitas vezes os candidatos forçam uma aparência e querem participar o tempo todo, não dando espaço para os outros. Não interromper o outro e saber ouvir são essenciais nesse processo”, exemplifica Cristiane Bulsoni, consultora de RH da companhia de seguros Aliança do Brasil.

Definitivamente, querer impor ideias não é vantajoso, mas agir com profissionalismo e naturalidade são pontos a favor do candidato. “Uma dinâmica de grupo bem conduzida diz muito a respeito de cada um dos participantes; é uma etapa importante e que define sim, quem irá para a etapa de entrevistas, por isso, é importante que o candidato entenda a proposta e leve a sério sua participação, agindo naturalmente e interagindo com os outros participantes”, finaliza.

Editado por: Maiara Tortorette

terça-feira, 4 de maio de 2010

IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO



1) Entrada em espaços confinados – Introdução:
Um espaço confinado, tendo acessos limitados, ventilação inadequada ou deficiente e não sendo previsto para presença humana contínua, representa sérios riscos à saúde dos trabalhadores que nele precisam penetrar para execução de trabalhos, rotineiros ou não.
Só nos Estados Unidos, mais de 300 trabalhadores morrem anualmente como resultado de acidentes ocorridos por entrada em espaços confinados.A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial. Virtualmente, qualquer ambiente industrial tem exemplos de espaços confinados. Nesses locais, somente pessoas treinadas e autorizadas podem ingressar. O empregador é o responsável por este treinamento, que deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos que não foram cobertos na sessão de treinamento anterior.
Antes do ingresso no espaço confinado, a sua atmosfera deve ser testada quanto à presença de riscos a fim de se tomarem as medidas de proteção necessárias à preservação da vida dos trabalhadores.
Os acidentes em espaços confinados, conquanto não tão freqüentes, quando acontecem, quase sempre têm conseqüências fatais.
2. Definições para Espaços Confinados
Algumas entidades normativas ou fiscalizadoras norte-americanas têm tentado definir os espaços confinados, resultando quase todas essas definições em conceitos muito semelhantes. Vejamos algumas:
ANSI (American National Standards Institute) – 1989
“Uma área fechada com as seguintes características: sua função primária é qualquer uma que não seja ocupação humana; tem entradas e saídas restritas, e, pode conter riscos potenciais ou conhecidos”.
American Petroleum Institute
“Espaços confinados são normalmente locais fechados com riscos conhecidos ou potenciais e têm meios restritos de entrada e saída. Estes espaços não são bem ventilados e normalmente não são previstos para ocupação humana”.
NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health)
“Um espaço que por projeto tem: aberturas limitadas para entrada e saída, ventilação natural desfavorável que poderia conter ou produzir contaminantes perigosos no ar, e que não está previsto para ocupação humana contínua.
Há 3 classes de espaços confinados:
Espaços Classe A – aqueles que apresentam situações que são IPVS. Estão inclusos espaços que sejam deficientes de oxigênio e/ou que contenham atmosferas tóxicas ou explosivas.
Espaços Classe B – não representam riscos imediatos à vida ou à saúde, no entanto, têm potencial para causar lesão ou doenças se medidas de proteção não forem tomadas.
Espaços Classe C – São aqueles em que qualquer risco é tão insignificante que nenhuma prática ou procedimento de trabalho seja necessária”.
OSHA – Occupational Safety and Health Administration
“Um espaço confinado é aquele onde se verificam todas as seguintes condições:
a) – é grande o suficiente e configurado de tal forma que um trabalhador nele pode entrar e desempenhar uma tarefa que lhe foi atribuída;
b) – tem meios limitados ou restritos para entrada e saída (tanques, vasos, silos, depósitos, covas); e,
c) – não foi previsto para ocupação humana contínua”.

Há outras definições regionais nos Estados Unidos, mas como dissemos, assemelham-se muito com as acima explicitadas.

3. Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados


d) Limpeza para remoção de lama ou outros dejetos,
e) Inspeção da integridade física e processo de equipamentos,
f) Manutenções tais como jateamento abrasivo e aplicação de recobrimentos de superfícies em subterrâneos com ou sem tubulações,
g) Instalações, inspeções, reparos e substituições de válvulas, tubos, bombas, motores em covas ou escavações,
h) Ajustes ou alinhamentos de equipamentos mecânicos e seus componentes,
i) Verificações e leituras em manômetros, painéis, gráficos ou outros indicadores,
j) Instalações, ligações e reparos de equipamentos elétricos ou de comunicações, instalações de fibras ópticas,
k) Resgate de trabalhadores que foram feridos ou que desmaiaram em tais espaços.

Uma permissão para ingresso em espaços confinados foi criada pela OSHA em 1993. Trata-se de um conjunto de normas que começa pelos testes e monitoramentos ambientais.
4. Condições ambientais nos espaços confinados

Há três classes de problemas no ambiente de espaços confinados:

l) Concentrações inadequadas de oxigênio
m) Presença de gases e/ou vapores tóxicos
n) Presença de gases e/ou vapores inflamáveis.



Alguns ambientes podem ter uma somatória dessas três condições de risco.

A utilização de analisadores portáteis de gases é o primeiro passo para identificação desses riscos. A maioria deles tem condição de detectar mais de um gás e o mais típico deles mede: oxigênio, gás combustível, CO (monóxido de carbono) e H2S (gás sulfídrico). Outros gases também podem ser detectados, dependendo do caso particular de cada situação.

Quando se trata de uma atmosfera remota antes da entrada num espaço confinado, utiliza-se uma sonda de teflon acoplada ao analisador de gás, para o processo poder ser executado do lado de fora, eliminado risco para os operadores. Executa-se o teste em diversos níveis porque o ar contaminado não é necessariamente igual em sua composição.

a. Níveis incorretos de oxigênio

O problema mais comum com o ar em espaços confinados é a maior causa de mortes porque o ar possui pouco ou nenhum oxigênio. Os níveis de oxigênio na atmosfera normal se situam entre 20 e 21% em volume. Muitas pessoas já tiveram a experiência de viajar para localidades de grande altitude e sentiram fadiga ao desempenhar atividades normalmente simples como subir escadas.

O percentual de oxigênio no ar é normal nesses locais mas há menos oxigênio porque há menos ar, por isso as pessoas sofrem o problema com suprimento inadequado de oxigênio. Sente-se dificuldade em respirar a níveis próximos dos 14% e confusões mentais aparecem aos 12%. Aos 10% há perda de consciência e aos 8% ocorre a morte. As normas da OSHA determinam um mínimo de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil nossas normas aceitam 18%.

b. Gases e Vapores Inflamáveis

Os gases, vapores ou poeiras inflamáveis constituem a segunda classe de risco. Tanques ou tonéis que armazenaram substâncias inflamáveis e estão sendo limpos ou sofrendo manutenção, podem conter traços ou concentrações elevadas dos produtos que lá estavam armazenados. O imite Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.) pode ser atingido até antes de que se procedam medições ambientais. Antes do ingresso, tais ambientes podem ser inundados com gás inerte, que não suporta combustão, tal como o nitrogênio, num processo denominado inertização. Uma necessidade após a inertização, é medir o teor de oxigênio e decidir que não haja risco de explosão ou fogo, então deixa-se entrar oxigênio de volta ao ambiente durante o ingresso.

É comum associar combustão com líquidos, esquecendo-se das poeiras combustíveis, mas estas podem se tornar uma séria ameaça. Silos contendo produtos de agricultura também podem explodir violentamente em presença de uma fonte de ignição. Como regra, níveis de poeiras suficientes para obscurecer a visão em 1,5m devem ser considerados perigosos.


c. Gases e Vapores Tóxicos
Finalmente, deve-se levar em conta também os vapores e os gases tóxicos. Conhecer suas concentrações ambientais antes de penetrar num espaço confinado ajuda a selecionar o método de testar esses ambientes, mas as preocupações não devem ser limitadas a esses produtos químicos. CO e H2S são gases tóxicos encontrados com freqüência e pesquisar esses e outros possíveis contaminantes é uma sábia precaução. Lembre-se de que muitas substâncias têm fracas propriedades de alerta (percepção pelo olfato).

5. Proteção Respiratória em Espaços Confinados





Um espaço confinado, pelas características que vimos acima, não permite que nele se penetre com respiradores purificadores de ar. Nesta classe se incluem as máscaras descartáveis, as peças semifaciais filtrantes e as faciais inteiras que utilizem filtros químicos ou mecânicos. Ora, os carvões ativados dos cartuchos poderão reter uma certa quantidade de gases e vapores, mas se as concentrações foram muito grandes, logo se saturariam, representando sério risco aos trabalhadores. Além disso, a falta de oxigênio não seria resolvida pelo uso desses cartuchos. O mesmo pode ser dito com relação a poeiras no ambiente.
O equipamento de proteção respiratória nessas áreas IPVS pode ser o equipamento com linha de ar, dotado de peça facial e cilindro auxiliar de ar comprimido para abandono da área. O ar respirador pelo trabalhador é o da linha de ar. No abandono desse ambiente, desconectando-se a mangueira de ar comprimido, abre-se a válvula do cilindro de abandono. Nessa situação, o usuário tem de 10 a 20 minutos de autonomia, dependendo do aparelho, para atingir área segura.
Um respirador autônomo de ar comprimido, de pressão positiva, com cilindro de ar de diversos tamanhos, também é um equipamento seguro para penetração e permanência em espaços confinados. É preciso atentar para a autonomia que o aparelho pode oferecer e observar os dispositivos de alarme que ele contém.

6. Bibliografia consultada

Edição:
Químico Industrial: João Antonio Munhoz
Adaptação:
Gestor em Segurança do Trabalho
Especialista em Eng. de Produção
Especialista em Gestão Ambiental
Márcio Rocha

a) – “Respiratory Protection Handbook”, William H. Revoir e Ching-Tsen Bien, Lewis Publishers 1997.
b) – “Air Monitoring for Toxic Exposures – An Integral Approach”, Shirley A. Ness, Van Nostrand Reinhold 1991.
c) – “Basic Concepts of Industrial Hygiene”, Ronald Scot, Lewis Publishers 1997
d) – “Complete Confined Spaces Handbook”, John F. Rekus, Lewis Publishers 1994.
e) - Apostilas “Proteção Respiratória”, “Detecção de Gases” e “Carvões Ativados”, Air Safety Ind. e Com. Ltda.

sábado, 1 de maio de 2010

IMPACTO AMBIENTAL " GARRAFAS PET "

Você tem consciência do impacto ambiental que uma garrafa PET acarreta no mundo caso não seja reciclada?





Durante sua de composição, que leva uma média de 100 anos, a garrafa PET que surgiu em 1988 libera seus compostos, contaminando lençóis freáticos e o ambiente.
Feita com polietileno tereftalato usado nos mais diversos objetos, como tapetes, embalagens e cordas, como conhecemos – surgiram como opção leve e barata para substituição das pesadas e de alta manutenção, garrafas de vidro. Infelizmente, não foi lançada em conjunto com as embalagens uma solução para o recolhimento e reutilização das mesmas, muito menos reciclagem.
O Brasil produz anualmente cerca de três bilhões de garrafas PET, um produto 100% reciclável, mas o volume de reciclagem atualmente beira os 50%. Isso significa na prática que pelo menos um bilhão e meio de plástico não-biodegradável é descartado no meio ambiente por ano, o que significa algumas centenas de anos para absorção na natureza.

ACIDENTE EM PLATAFORMA PETROLÍFERA "DEEPWATER HARIZON" NOS EUA COSTA DA LOUISIANA

Depois de dias de incêndio, a Deepwater Horizon afundou na costa da Louisiana
A petroleira britânica British Petroleum (BP), operadora da plataforma Deepwater Horizon, está em uma situação difícil depois da explosão da plataforma que causou um grande vazamento de petróleo na costa do Estado americano da Louisiana. A contenção do vazamento é apenas um dos problemas da BP, que terá que se responsabilizar pela operação de limpeza, além de um processo movido por todos os que forem afetados, e também o dano à imagem internacional da empresa. A Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean e estava sendo operada pela BP, explodiu na terça-feira passada e afundou na quinta-feira, depois de ficar dois dias em chamas. Onze trabalhadores desapareceram depois do desastre, que está sendo considerado o mais grave do tipo em quase uma década. Na última quinta-feira, a grande mancha de petróleo gerada pelo equivalente a 5 mil barris de petróleo que vazam diariamente dos destroços da plataforma já alcançou a costa da Louisiana. Com isso a BP terá que arcar com os custos de construção de uma estrutura semelhante a uma cúpula, que deverá ser levada até o oleoduto que está vazando, enquanto um poço suplementar é perfurado, para ajudar na operação de contenção, ao custo de US$ 100 milhões (R$ 173 mi). A companhia também está usando um submarino robô para tentar fechar válvulas no poço e acabar com o vazamento, outra operação considerada cara. Processos e gastos Alguns especialistas afirmam que a Transocean é a responsável pela segurança na Deepwater Horizon, mas a BP também enfrentará processos devido ao acidente. O processo contra a BP e a Transocean já foi aberto em nome dos 11 funcionários desaparecidos depois da explosão. Dois pescadores de camarão da Louisiana também entraram com um processo contra todos os responsáveis pela plataforma, incluindo a BP. Nesta sexta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou a BP “é, em última análise, a responsável pelo pagamento dos custos da limpeza e das operações, mas estamos preparados para cumprir nossa responsabilidade em todas as comunidades afetadas”. Imagem da Guarda Costeira mostrou o vazamento no oleoduto O presidente-executivo da companhia, Tony Hayward, viajou para os Estados Unidos logo depois do acidente na semana passada e afirmou que a BP está dando um tratamento "agressivo" ao problema. "Esta é a maior resposta de qualquer um na indústria e podemos fazer isto pelo fato de termos nos preparado", disse. Doug Suttles, o chefe de operações e produção da BP, afirmou que a companhia está gastando US$ 6 milhões (R$ 10 bi) por dia para tentar limpar a mancha de petróleo e parar o vazamento, mas ainda não tem certeza das causas do problema. Queda das ações Na quinta-feira, quando a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou que o vazamento de petróleo era cinco vezes maior do que o divulgado previamente, o preço das ações da BP caíram 6,5 %. No total, as ações da BP registraram queda de cerca de 4,5% desde a explosão. Russell Corn, vice-presidente companhia de análise corporativa Diligence, disse à BBC que o desastre causará preocupação crescente para a administração da BP. "É mais provável que desencadeie um pressentimento (nos mercados) de que a crise (gerada pelo desastre) será cara e danosa para a companhia e, portanto, resultar em alguma forma de sentimento negativo nos mercados de ações", afirmou. Stephen Cheliots, do Centro para Análise de Marca em Londres, disse que à BBC que os desastres ambientais podem afetar a imagem das gigantes do petróleo como a BP. "Podem ter um grande impacto em uma marca e podem prejudicar uma marca no longo prazo", afirmou. "Muitas pessoas podem fazer a ligação entre, por exemplo, a Exxon e o desastre com o Exxon Valdez." Incidentes anteriores Apesar de a BP ter destacado sua resposta rápida ao desastre no Estado da Louisiana - e sua cooperação com a investigação do incidente junto ao governo dos Estados Unidos - a reputação da companhia naquele país já sofreu golpes com incidentes anteriores. Em dezembro de 2009 um júri do Estado do Texas concedeu uma indenização de US$ 100 milhões (R$ 173 mi) a dez funcionários de uma refinaria de petróleo da BP que afirmaram que um vazamento em 2007 os deixou doentes. A BP alegou que qualquer substância tóxica tinha vindo de fora da refinaria - a mesma refinaria que já tinha sofrido com outra explosão em 2005. Na explosão de 2005 ao sul de Houston, um total de 15 pessoas morreram e outras 170 ficaram feridas. A BP foi multada em US$ 87 milhões (R$ 151 mi) e também levou outra multa de US$ 50 milhões (R$ 87 mi) do departamento de Justiça.

EUA TEM O MAIOR PERCENTUAL DE DESMATAMENTO DO PLANETA

Estudo afirma que apesar do Brasil ter devastado a maior área, 165 mil quilômetros quadrados, coube aos norte-americanos o topo do ranking de perda da cobertura florestal, com 6% das matas do país desaparecendo entre 2000 e 2005.



Perda percentual da cobertura florestal dos principais países com florestas, 2000-2005. Crédito: Rhett A. Butler/mongabay.com.
Utilizando imagens de satélite, pesquisadores descobriram que mais de um milhão de quilômetros quadrados de florestas foram perdidos entre 2000 e 2005 ao redor do globo, representando 3,1% da cobertura total. Porém, para a surpresa de muitos, o estudo revela que no mesmo período, Estados Unidos e Canadá apresentaram taxas de desmatamento maiores até mesmo que o Brasil quando levada em conta as suas áreas.
Publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), o estudo considera a perda florestal tanto por perturbações humanas quanto causas naturais e conclui que a América do Norte perdeu a maior quantidade de florestas entre os seis continentes. No total, 30% das perdas florestais se deram apenas na América do Norte e 20% na América do Sul, que possui a maior extensão de florestas tropicais no mundo.
Das sete nações que têm mais de um milhão de Km2 de florestas (Rússia, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Indonésia, China e República Democrática do Congo), o Brasil foi o campeão na área total desmatada entre 2000 e 2005. O país perdeu 165mil Km2, equivalente a 3,6% da sua cobertura total em 2000 ou 0,5% acima da média global.
Dos 165 mil Km2, 26 mil foram perdidos anualmente na Amazônia e sete mil no Cerrado.
O Canadá seguiu logo atrás do Brasil, perdendo cerca de 160 mil Km2, porém proporcionalmente isto significa 5,2% da cobertura florestal total no país, mais de 2% superior ao restante do mundo.
Mas os Estados Unidos apresentaram a maior perda percentual entre os sete países, com 6% da cobertura total em apenas cinco anos, resultando na redução de 120 mil Km2 de florestas. Apesar do fogo e infestações por besouros no Alaska e oeste dos Estados Unidos, a exploração madeireira em grande escala no sudeste, costa oeste e meio-oeste tiveram um papel importante no declínio constante.
O estudo também descreve as perdas florestais em outros países como Indonésia com 3,6%, Rússia com 2,8%, China com 2,3% e a República Democrática do Congo com a menor taxa de apenas 0,6%.
Ecossistemas



Perda da cobertura florestal global por bioma, 2000-2005. Crédito: Rhett A. Butler/mongabay.com.
Comparando os quatro maiores ecossistemas mundiais, o estudo concluiu que a região boreal sofreu o maior impacto nestes cinco anos, as florestas tropicais úmidas em segundo, seguidas das florestas tropicais secas e temperadas.
No ecossistema boreal, 60% da perda se deu por incêndios e 40% foi causada por exploração madeireira, doenças e infestações por besouros ligadas às mudanças climáticas, de acordo com o estudo.
Nos ambientes tropicais o fator dominante foi o desmatamento para agricultura no Brasil e plantações na Indonésia e Malásia.
Já no bioma temperado, a maior parte já foi convertido para agricultura e habitações há tempos, porém é importante ressaltar que proporcionalmente estão em segundo dadas as altas taxas de desmatamento nos Estados Unidos.
Ao medir a perda florestal, o estudo calculou a cobertura florestal a partir de 25% de dossel com árvores com mais de 5 metros de altura.
Citação: Hansen, Matthew C.; Stehman, Stephen V.; and Potapov, Peter V. Quantification of global gross forest cover loss. PNAS.
Fonte: Mercado Ético
Publicado por Manuela Alegria
em 28 de abril, 2010
Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil/Mongabay

terça-feira, 13 de abril de 2010

INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES






RELATÓRIO DE ACIDENTE DE INCÊNDIOS EM EDIFICAÇÕES

Edificação de uso comercial com vinte e cinco pavimentos, situado no estado de São Paulo no centro da Capital, Praça da Bandeira

Construção
O prédio foi construído utilizando-se uma estrutura de concreto armado, com vedações externas de tijolos ocos cobertos por reboco e revestidos por ladrilhos na parte externa. As janelas eram de vidro plano em esquadrias de alumínio, e o telhado de telhas de cimento amianto sobre estrutura de madeira.
O subsolo e o térreo seriam destinados à guarda de registros e documentos; entre o 1° e o 10° andar, ficariam os estacionamentos; e, do 11° ao 25°, as salas de escritórios.
Incêndio
Concluída sua construção em 1971, o edifício foi imediatamente alugado ao Banco Crefisul de Investimentos. No começo de 1974 a empresa ainda terminava a transferência de seus departamentos quando, no dia 1 de fevereiro, às 08:54 da manhã de uma sexta-feira, um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12° andar deu início a um incêndio que rapidamente se espalhou pelos demais pavimentos. As salas e escritórios no Joelma eram configurados por divisórias, com móveis de madeira, pisos acarpetados, cortinas de tecido e forros internos de fibra sintética, condição que muito contribuiu para o alastramento incontrolável das chamas.
Quinze minutos após o curto-circuito era impossível descer as escadas que, localizadas no centro dos pavimentos, não tardaram a serem bloqueadas pelo fogo e fumaça. Na ausência de uma escada de incêndio, muitas pessoas ainda conseguiram se salvar descendo pelos elevadores, mas estes também logo deixaram de funcionar, quando as chamas provocaram a pane no sistema elétrico dos aparelhos e a morte de uma ascensorista no 20° andar.
Sem ter como deixar o prédio, muitos tentaram abrigar-se em banheiros e nos parapeitos das janelas. Outros sobreviventes concentraram-se no 25° andar, que tinha saída para dois terraços. Lembrando-se de um incidente similar ocorrido no Edifício Andraus dois anos antes, em que as vítimas foram salvas por um helicóptero que se aproveitou de um heliporto no topo do prédio, eles esperavam ser resgatados da mesma forma.
Resgate
O Corpo de Bombeiros recebeu a primeira chamada às 09:03 da manhã. Dois minutos depois, viaturas partiram de quartéis próximos, mas devido a condições adversas no trânsito só chegaram no local às 09:10.
Helicópteros foram acionados para auxiliar no salvamento, mas não conseguiram pousar no teto do edifício pois este não era provido de heliporto; telhas de amianto, escadas, madeiras e a fumaça do incêndio também impediram o pouso das aeronaves.
Os bombeiros, muitos deles desprovidos de equipamentos básicos de segurança, como máscaras de oxigênio, decidiram entrar no prédio para o resgate, tentando alcançar aqueles que haviam conseguido chegar ao topo do edifício. Foram apenas parcialmente bem sucedidos; a fumaça e as chamas já haviam vitimado dezenas de pessoas. Alguns sobreviventes, movidos pelo desespero, começaram a se atirar do edifício. Mais de 20 saltaram; nenhum sobreviveu.
Apenas uma hora e meia após o início do fogo é que o primeiro bombeiro conseguiu, com a ajuda de um helicóptero do Para-Sar (o único potente o suficiente para se manter pairando no ar enquanto era feito o resgate), chegar ao telhado. Já então muitos haviam perecido devido à alta temperatura no topo do prédio, que chegou a alcançar 100 graus celsius. A maioria dos sobreviventes ali conseguiu se salvar por se abrigarem sob uma telha de amianto.
Por volta de 10:30 da manhã o fogo já havia consumido praticamente todo o material inflamável no prédio. O incêndio foi finalmente debelado, com a ajuda de 12 auto-bombas, 3 auto-escadas, 2 plataformas elevatórias e o apoio de dezenas de veículos de resgate.
Às 13:30, todos os sobreviventes haviam sido resgatados.
Consequências
Dos aproximadamente 756 ocupantes do edifício, 188 morreram e mais de 300 ficaram feridos. A grande maioria das vítimas era formada por funcionários do Banco Crefisul de Investimentos.
A tragédia do Joelma, que se deu apenas dois anos após o incêndio no Edifício Andraus, reabriu a discussão popular com relação aos sistemas de prevenção e combate a incêndio, cujas deficiências foram evidenciadas nos dois grandes incêndios. Na ocasião, o Código de Obras em vigor era o de 1934, um tempo em que a cidade tinha 700.000 habitantes, prédios de poucos andares e não havia a quantidade de aparelhos elétricos dos anos 70.
A investigação sobre as causas da tragédia, concluída e encaminhada à justiça em julho de 1974, apontava a Crefisul e a Termoclima, empresa responsável pela manutenção elétrica, como principais responsáveis pelo incêndio. Afirmava que o sistema elétrico do Joelma era precário e estava sobrecarregado. Além disso, os registros dos hidrantes do prédio estavam inexplicavemente fechados, apesar de o reservatório conter na hora do incêndio 29,000 litros de água.
O resultado do julgamento foi divulgado em 30 de abril de 1975: Kiril Petrov, gerente-administrativo da Crefisul, foi condenado a três anos de prisão. Walfrid Georg, proprietário da Termoclima, seu funcionário, o eletricista Gilberto Araújo Nepomuceno e os eletricistas da Crefisul, Sebastião da Silva Filho e Alvino Fernandes Martins, receberam condenações de dois anos.
Após o incêndio, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos. Com o fim das reformas, foi rebatizado de Edifício Praça da Bandeira.
Parecer
• A falta de um plano de emergência;
• Saída de emergência, escadas de forma inadequada;
• Equipamentos de combate a incêndios inadequados ou quantidade insuficiente;
• Instalações elétricas em mal estado;
• Negligência em relação aos riscos existentes;
• Código de obras inadequado, obsoleto;
• Falta de treinamentos para os ocupantes fixos;
• Falta de planta (mapa), sinalizando em cada unidade as rotas de fugas;
• Falta de brigadas de incêndio.

A escada deveria obedecer os parametros de uma escada enclausurada à prova de fumaça, segundo o Corpo de Bombeiros.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, trata-se de uma escada que apresenta paredes resistentes a 04 (quatro) horas de fogo, podendo ser de 15 cm em concreto ou 25 cm em alvenaria, dotada de antecâmara, cujo objetivo é impedir que a fumaça penetre na escada própriamente dita. A mesma deve possuir lances patamares, além de corrimão, servindo todos os andares, sua largura mínima deverá ser de 1,20 m, as portas de acesso deverão ter sentido de abertura para o interior da escada detal modo que não impeçam as vias de passagem e que não diminua a largura efetiva da passagem, ( NR 23.2.1 e 23.4.1 ).
As saídas deveriam ter no máximo a distância de trinta metros do local de trabalho, ( NR 23.4.1 ).
Destaca-se o fato de não terem sido utilizadas as medidas de prevenção de incêndios das seguintes normas ABNT, como por exemplo:
• NBR 5410 - Sistema Elétrico;
• NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edificações;
• NBR 9441 – Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
• NBR 9443 – Extintores de Incêndio classe A;
• NBR 9444 – Extintores de Incêndio classe B;
• NBR 10721 – Extintores de Incêndio com carga de gás carbônico;
• NBR 10721 – Extintores de Incêndio com carga de pó;
• NBR 10897 – Proteção contra Incêndio por Chuveiro Automático;
• NBR 10898 – Sistemas de Iluminação de Emergência;
• NBR 11762 – Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
• NBR 13435 – Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
• NBR 14276 – Programa de Brigada de Incêndio.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DESASTRE EM NITERÓI - Estudos alertaram a prefeitura sobre risco no Morro do Bumba











"Deslizamento no Morro do Bumba. Foto AP/ Felipe Dana"
As autoridades municipais de Niterói haviam sido alertadas por pelo menos dois estudos da Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre o risco apresentado pela ocupação irregular no Morro do Bumba em Niterói, no entanto, nenhuma medida concreta foi adotada com base nas recomendações apresentadas.
Regina Bienenstein, coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (Nephu) da UFF, foi autora de um desses projetos.
Em um trabalho encomendado pela gestão anterior da prefeitura de Niterói, ela esteve no local em março de 2004. Já haviam ocorrido desabamentos e a prefeitura, ciente da ocupação irregular no antigo lixão, queria ter um diagnóstico mais claro do problema e definir que projetos seriam necessário àquela área.
"A situação de risco estava clara. Parte dos 400 moradores estavam em cima do antigo lixão. As autoridades sabiam", disse à BBC Brasil.
O projeto de 2004 recomendava uma série de medidas, entre elas o remanejamento das famílias que ocupavam o lixão para uma área adjacente que não corria risco de deslizamentos.
"Era possível acomodá-las dentro do próprio assentamento (...) Não houve resposta ao meu projeto. Houve a eleição, o comando dos órgãos mudou e isso ficou esquecido", acrescentou.
Em declarações à imprensa, o atual prefeito de Niterói admitiu saber que havia uma comunidade construída em cima do lixão, mas alegou não ter conhecimento do risco.
Além do projeto do núcleo coordenado pela especialista, outro estudo de 2004, do Instituto de Geociência da UFF, constatou que a área do Morro do Bumba era de alto risco.
Córregos de chorume
A professora documentou as condições no Murro do Bumba em fotos que mostram casas em cima do lixão e chorume (líquido originado da decomposição de resíduos orgânicos) escorrendo por entre as construções.
Segundo Bienenstein, a tragédia no Morro do Bumba "é resultado de um processo de urbanização predatório que não considera toda sua população como parte da cidade".
A prioridade, agora, segundo ela, deve ser incluir nos planos de habitação que os municípios têm de apresentar até dezembro deste ano ao Ministério das Cidades análises e iniciativas concretas para lidar com o problema.
"Os planos têm também de identificar áreas vazias nas cidades, estoques de imóveis vazios que possam servir de opção para o remanejamento", disse.
Segundo ela, indenizar famílias não costuma dar bons resultados.
"Muitos acabam comprando outras posses em áreas também de risco para continuar perto do trabalho", disse a especialista em Arquitetura e Urbanismo.
Outras áreas
Além dos dois estudos sobre o Morro do Bumba, a Universidade Federal Fluminense (UFF) também apresentou à Prefeitura de Niterói, em 2007, um plano detalhado sobre como resolver o problema de 142 áreas de risco em 11 regiões do município.
O plano, financiado pelo Ministério das Cidades e entregue à prefeitura dois anos atrás, traz diagnósticos, além de sugestões de soluções e fontes de financiamento.
Segundo o professor do Departamento de Engenharia Civil da UFF e coordenador da pesquisa, Elson Antônio Nascimento, o plano também nunca saiu do papel.
"A prefeitura sempre busca a universidade para discutir a implementação desses projetos, mas isso não passa de discurso. O governo federal poderia, sim, exigir essa implementação em contrapartida à transferência de recursos", disse à BBC Brasil.
Nascimento esteve no Morro do Bumba oito anos atrás para avaliar um deslizamento de encosta que deixou uma vítima. "A presença de gás metano, oriundo da decomposição de matéria orgânica, era o principal risco", disse.
Nesta sexta-feira, o reitor da UFF, Roberto Salles, se reúne com autoridades municipais e especialistas da universidade para formar um grupo que possar atuar na reestruturação das áreas da região metropolitana atingidas pelas chuvas dos últimos dias.
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