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domingo, 22 de agosto de 2010

UMA CIDADE DESTRUÍDA POR UM INCÊNDIO

O incêndio de grandes proporções, que destruiu pelo menos 100 casas e 15 serrarias em Marcelândia, município 710 quilômetros ao norte de Cuiabá (MT), foi controlado pela manhã pelo Corpo de Bombeiros, com a ajuda de dois aviões enviados pelo governo estadual. O incêndio começou ontem, por volta do meio-dia, em um lixão onde são depositados resíduos de madeira, e se alastrou pelas áreas rurais até chegar à cidade. As casas destruídas pelo incêndio são de funcionários das serrarias e marcenarias, que formam a base da economia do município. As empresas perderam máquinas, veículos e estoques de madeira, que foram consumidos pelo fogo. Os moradores que perderam suas casas passaram a noite no salão paroquial da Igreja Católica e em escolas. Cerca de 330 pessoas foram encaminhadas ao hospital municipal com dificuldades respiratórias e liberadas após atendimento. Não há registros de pessoas feridas com gravidade. Segundo informações da prefeitura, pelo menos 80% da área industrial de Marcelândia, composta principalmente por serrarias e marcenarias, foi atingida pelo incêndio. A prefeitura distribuiu máscaras para evitar que a população desenvolva doenças respiratórias. Os serviços funcionam normalmente como energia elétrica e telefonia. No ano passado, Marcelândia teve índice de 80% de redução nos focos de incêndios, o que lhe rendeu o Prêmio Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente.


RISCOS DE INCÊNDIO

FALTA DE CHUVA AUMENTA RISCO DE INCÊNDIO NAS ÁREAS VERDES DE SÃO PAULO

Em todo o ano passado, foram registrados 14.930 incêndios do tipo. Até 1º de julho de 2010, bombeiros registraram 12.794 queimadas. A falta de chuva aumenta o risco de incêndio nas áreas verdes da região metropolitana de São Paulo. Já faz 12 dias que não chove na capital paulista. Quem está sofrendo com o tempo seco vai ter que aguentar mais alguns dias. Só na sexta-feira (10) a situação pode mudar. Enquanto isso, incêndios em áreas de vegetação devem se repetir. A falta de umidade facilita a propagação do fogo na mata. Segundo o Corpo de Bombeiros, no ano passado inteiro foram registrados 14.930 incêndios desse tipo. E neste ano, só até 1º de julho, já foram 12.794 ocorrências. O tempo deve continuar seco nos próximos dias. A terça-feira começa com nevoeiro e mínima de 14ºC. Mas depois a temperatura pode chegar aos 25ºC, três graus a mais que o normal para esta época.

ANÁLISE DE RISCO DE INCÊNDIO EM CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS -
A METODOLOGIA APLICADA À CIDADE DE OURO PRETO


O artigo aborda as questões de preservação e conservação de cidades históricas tombadas sob a ótica da proteção contra incêndio. A análise de Risco Global de Incêndio baseada no Método de Gretener, cuja adaptação para cidades históricas foi realizada por Antônio Maria Claret de Gouvêia, foi aplicada na primeira etapa do diagnóstico de Risco de Incêndio para a cidade de Ouro Preto, onde o levantamento concentrou-se na rua São José, com edificações em sua maioria de uso comercial. A segunda etapa, agora realizada, concentrou-se no bairro Antônio Dias, tipicamente residencial, completando-se assim o diagnóstico de Risco de Incêndio para a cidade de Ouro Preto, sendo composto tanto pelos fatores de risco das edificações como pelas medidas de segurança que existem e as que são propostas a fim de se reduzir o Risco Global de Incêndio.
A prevenção aos riscos, observando as condições ambientais, mensurando as tendências, os impactos e os riscos às estruturas físicas dos centros históricos, constitui uma abordagem atual de conservação. As intervenções ou ocorrências imprevistas e naturais, como incêndios e inundações, devem ser relacionadas com os recursos humanos, financeiros e tecnológicos e ações corretivas devem ser propostas.
Quando ocorre um incêndio, bens são danificados ou destruídos, e, muitas vezes, contando com informações sobre o que se perdeu, a reconstrução do bem até se torna possível, do ponto de vista material, mas o valor da autenticidade já não existe e muito de sua história foi consumida pelas chamas. Há muitos exemplos que chegam quase a compor uma marca na História: o incêndio de Lisboa, no século XVIII, o incêndio provocado no Morro da Queimada, em 1722, em Ouro Preto, a Igreja Queimada em Antônio Pereira, distrito que, no século XIX, teve o seu rico acervo em prata saqueado e a igreja incendiada, o Fórum de Ouro Preto, na década de 1950, o bairro do Chiado, em Lisboa, em 1988, a Igreja do Carmo de Mariana, em 1999, e a edificação que abrigava
o Hotel Pilão, em 2003, em Ouro Preto, cuja temperatura das chamas deixou comprometida a estrutura de vários outros casarões vizinhos. Após a ocorrência deste último incêndio, em abril de 2003, houve uma mobilização por parte de governantes,
acadêmicos, órgãos do patrimônio e população em geral para que fosse implantado um estudo do risco de incêndio na cidade de Ouro Preto, e, dentre outras coisas, aplicar medidas capazes de diminuí-lo. Por isto, foi desenvolvido um programa de segurança contra incêndio, que conta com a participação da Universidade Federal de Ouro Preto, sob coordenação do Profº Antônio Maria Claret de Gouvêia. Para se avaliar o risco de incêndio a que está exposta uma edificação ou um conjunto de edificações, foi realizada a análise global de risco, adaptando-se o Método de Gretener (norma técnica SIA-81- Societé Suisse des Ingenieurs et Architectes – Method for fire safety evaluation) para edificações características do barroco brasileiro. O Diagnóstico de Risco Global de Incêndio tem o objetivo de avaliar os fatores de risco e as medidas de segurança existentes, bem como o de propor medidas cabíveis ao contexto das edificações. A Etapa I foi realizada na rua São José, compreendendo o levantamento de edificações onde o uso é predominantemente comercial e a Etapa II, realizada no bairro Antônio Dias, compreende o estudo de edificações de uso residencial em sua maior parte, produzindo-se assim um amplo conjunto de dados para o desenvolvimento e a
implantação de medidas que visem minimizar o risco de incêndio em Ouro Preto.

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